Impactos da broca do café

Um dos pontos mais discutidos por autoridades do setor durante os últimos anos foi questão da broca do café. Atualmente, os estados de Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo estão em estado de emergência fitossanitária contra a praga. Em agosto deste ano o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) elencou a broca do café como uma das pragas consideradas de maior risco fitossanitário e com potencial de provocar prejuízos econômicos. Mais tarde, em setembro, o Ministério divulgou produtos prioritários para o controle das pragas listadas como de maior preocupação econômica no Brasil, entre eles, o Metaflumizone, utilizado no controle a broca do café. Agora, as lideranças do setor cafeeiro cobram os próximos passos para a liberação de mais produtos no combate à praga. No último dia 10 de dezembro eles se reuniram com representantes de órgãos governamentais, como o Ibama, o Mapa e a Anvisa, além de parlamentares, industriais, dirigentes de cooperativas e organizações do agronegócio café. O CaféPoint conversou com Breno Mesquita, diretor da FAEMG e presidente das Comissões de Cafeicultura da FAEMG e da CNA. Confira, abaixo, o que ele avalia sobre questões levantadas com relação a esta praga: CaféPoint: A infestação de broca aumentou em que proporção em Minas Gerais desde que foi banido do mercado o produto que se utilizava em seu controle? Breno Mesquita: A broca-do-café é uma praga de grande relevância para a cafeicultura nacional, pois está presente em todas as regiões produtoras do grão do País. Esta praga tem causado sérios prejuízos econômicos, especialmente pelos seguintes fatores: 1) Impacto na produtividade das lavouras, em função da queda prematura dos frutos, apodrecimento de sementes em frutos broqueados e perda de peso dos grãos de café; 2) Impacto na qualidade do café que, pela entrada de fungos e micro-organismos indesejáveis, compromete a qualidade da bebida, avaliada em “provas